SEEG: A Base de Dados Essencial para a Sustentabilidade Corporativa e a Ação Climática no Brasil

O Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG) é uma das ferramentas mais robustas e acessíveis para o monitoramento das emissões de gases de efeito estufa no Brasil. Criado em 2012 pelo Observatório do Clima, uma coalizão que reúne mais de cem organizações da sociedade civil, o SEEG nasceu com o objetivo de preencher lacunas de transparência e periodicidade nos dados climáticos nacionais. Desde então, tornou-se referência para governos, empresas, pesquisadores e consultores ambientais que atuam com mudanças climáticas, ESG e licenciamento ambiental.

A plataforma do SEEG disponibiliza estimativas anuais de emissões de gases de efeito estufa no Brasil desde 1970, abrangendo cinco setores-chave da economia: Mudança de Uso da Terra, Agropecuária, Energia, Processos Industriais e Resíduos. Esses dados são fundamentais para compreender a trajetória das emissões brasileiras e orientar estratégias de descarbonização e transição para uma economia de baixo carbono.seeg.eco.br

O funcionamento do SEEG baseia-se em metodologias reconhecidas internacionalmente, alinhadas às diretrizes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). As estimativas são calculadas a partir de dados públicos de inventários oficiais, relatórios governamentais, institutos de pesquisa e organizações não governamentais. Além disso, o SEEG oferece documentos analíticos sobre a evolução das emissões e recomendações para tomadores de decisão .

Em novembro de 2023, o SEEG lançou seu relatório mais recente, destacando uma redução de 12% nas emissões de CO₂ em 2023, a maior queda em 15 anos. Esse resultado foi atribuído principalmente ao controle do desmatamento na Amazônia. No entanto, setores como agropecuária, transportes e outros biomas, como o Cerrado e o Pantanal, apresentaram aumento nas emissões, indicando desafios para alcançar as metas climáticas do país.

O relatório também revelou que, em 2023, o Brasil emitiu 1,76 bilhão de toneladas de CO₂ equivalente, mantendo-se como o sétimo maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, com 3% do total global . Os estados do Pará e Mato Grosso foram os maiores emissores brutos, principalmente devido ao desmatamento .IEMAIPAM Amazônia

Para profissionais que atuam com consultoria ambiental, planejamento estratégico ESG e relatórios de sustentabilidade, o SEEG é uma fonte confiável e atualizada de dados. Sua utilização permite a elaboração de diagnósticos precisos, definição de metas de redução de emissões e acompanhamento de indicadores de desempenho ambiental. Além disso, o SEEG apoia a conformidade com exigências de licenciamento ambiental e compromissos internacionais, como o Acordo de Paris.

A importância do SEEG vai além da disponibilização de dados; ele promove a transparência e a participação da sociedade na agenda climática. Ao fornecer informações acessíveis e de qualidade, o SEEG fortalece a capacidade de empresas, governos e cidadãos de tomar decisões informadas e eficazes para enfrentar os desafios das mudanças climáticas.

Em um cenário global onde a sustentabilidade corporativa e a responsabilidade socioambiental são cada vez mais valorizadas, ferramentas como o SEEG são essenciais para embasar ações concretas e mensuráveis. Integrar os dados do SEEG às estratégias de negócios é um passo fundamental para empresas que desejam liderar a transição para um futuro mais sustentável e resiliente.